Ela veio num cruzamento de uma via que a poucos metros levava a um lar... Veio covarde e traiçoeira... Uma estrutura dupla de puro ferro de uma “Julieta” contra a carne e ossos frágeis de mãe e filha que montadas em uma biz, nem tiveram tempo de perceber que a morte sorrateira se deitava sobre elas. A morte é covarde, sádica e dissimulada.
Terminava ali, duas histórias... Juntas, desde o útero que gerava uma vida até aquela esquina onde a tragédia as esperava.
Era dia internacional da mulher... Elas trabalharam até tarde na floricultura da mãe. Quantas flores enviaram naquele dia para quantas mulheres...
Fim do expediente, voltando para casa e numa fração de segundos, o que era perfeito, explodiu em dor...
Dor do atropelamento, dor de quem fica, de quem descobre, de quem esperava, de quem nem disse tudo o que precisava ser dito.
Morte... Teu nome é dor!
Sei que me espera escondida aí em algum lugar... Sei que planeja contra mim e contra aqueles que amo...
Você é inimiga da vida e quem ama a existência, não pode te respeitar. Sei que um dia você vai calar minha voz, mas até lá, e principalmente hoje, quero gritar bem alto:
MORTE!!!! VÁ SE FODER!!!!
Marcos Valnei
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