Em foto recente defendendo a equipe master de Marilena
Eu me lembro de você lá no
Estádio João Claudino defendendo a camisa do nosso time como quem zela por algo
sagrado. Corria os anos 80 e você, zagueiro dos bons,
firme por baixo e impecável nas bolas aéreas... Amigo de fala baixa, sem
exageros nas risadas... Quase tímido... Mas de uma personalidade forte,
daquelas moldadas na roça, na colheita do café...
Aceitou as trombadas de
todos atacantes daquelas bandas... Tava ali um caboclo respeitado com as
chuteiras nos pés...
Fora de campo, mantinha o
mesmo perfil... Defendeu o sustento da família com a mesma garra com que zelava
de uma grande área... Encarou o sol, o frio a chuva e nunca se queixou, pois
sabia que era aquela a sua missão... Tava alí um caboclo que se fazia respeitar
pelos calos nas mãos... Quando a vida me tangeu de
lá pra cá, você largou a roça e foi trabalhar na construção... Nos encontramos
poucas vezes para um oi, um como vai... A última foi nas minhas férias em
janeiro... Me lembro de você lá no balcão, no canto esquerdo do bar do Walter,
tomando uma pinguinha... Te convidei para uma cerveja e você descartou com
educação... Não queria misturar... Me tratou com o entusiasmo de quem sentiu
prazer em rever um amigo. Trocamos uma dúzia de palavras e me retirei te
deixando lá no seu canto... Confessando para a pinga sabe lá quais dissabores...
Hoje me contaram que você
foi atropelado em São Paulo... Não sabia que você tinha ido trabalhar em alguma
construção da capital paulista em busca de melhor salário... Me disseram que
você não resistiu...
Se eu soubesse que em
janeiro seria a última vez que conversaria contigo, teria degustado aquela e
outras doses com você... Teria te perguntado sobre teus dissabores...
Agora que você vestiu uma
camisa de luz e não teremos mais tempo para aquela cervejinha, fico aqui
torcendo para que você encontre por aí o Jairo, o Toninho Shéo e o Tigrão... Outros
colegas com quem dividimos tabelas no Estádio João Claudino e o precederam
nesta viagem...
Foi uma honra, cara... Pode ter certeza!
Contarei sempre que tive o prazer de ser amigo de um caboclo respeitado...
Depois de exagerar na bebida, é comum sofrer com os desprazeres da indesejada ressaca
do dia seguinte. Realmente, quem passa do ponto não está livre deste
desconforto. Os sinais são clássicos: a cabeça parece que vai explodir, o
enjoo, a tontura, a fraqueza e uma sede de matar fazem você desejar
nunca ter esvaziado um copo antes. Não é à toa que seu corpo está
debilitado. Funciona assim: o organismo gasta glicose para metabolizar o
álcool.
Glicose é açúcar, açúcar é energia. Resultado: ficamos enfraquecidos. O
excesso de álcool também ataca o sistema nervoso central e provoca
sono e irritação; corrompe mecanismos químicos cerebrais, ocasionando
dor de cabeça; irrita as mucosas do aparelho digestivo, causando
náuseas, vômito e diarreia; e inibe a ação do hormônio antidiurético,
levando a sede e boca seca. A zonzeira não para aí.
A ingestão excessiva de álcool pode trazer diversos prejuízos à saúde
como o ganho de peso e acúmulo de gordura, principalmente na região
abdominal. "O consumo crônico pode causar lesões cerebrais, diabetes
tipo 2, úlceras e inflamações no estômago e intestino, hepatite,
depressão, lesão nos rins, na bexiga, próstata e pâncreas, entre outras
doenças" , alerta a nutricionista Fabiana Honda, da consultoria
nutricional Patrícia Bertolucci.
Coma bem
Alimentar-se antes
de beber é a regra de ouro contra a ressaca. "Quando bebemos de estômago
cheio, os alimentos diminuem a difusão do álcool pelas paredes do
estômago e retardam a passagem do álcool para o intestino, onde ele é
rapidamente absorvido", explica Fabiana. Dessa forma, o álcool entra
gradualmente na corrente sanguínea e demora mais tempo para chegar ao
cérebro. Atenção com o fígado
Procure
ingerir alimentos que irão proteger o seu fígado. É ele que fabrica a
enzima que digere o álcool e, quando sobrecarregado, produz uma toxina
que causa dor de cabeça. Dias antes, encare um suco de beterraba e alho
para turbinar o órgão. Inclua na sua refeição alimentos com gordura
poli-insaturada, encontrada em peixes e no azeite de oliva extravirgem.
Ou então, pegue a sua colher de azeite, despeje-a num prato, adicione
sal e mergulhe pedaços de pão na mistura.
Beba moderadamente
A
nutricionista Fabiana Honda aconselha intercalar a bebida com quitutes e
copos de água. Dessa forma, o álcool não fica sozinho no estômago e,
claro, você bebe menos, já que a barriga cheia reduz o espaço para as
bebidinhas. "Os petiscos com carboidrato e/ou gordura retardam a
absorção do álcool, por exemplo, uma torradinha com patê ou um pedaço de
queijo", recomenda. Dê preferência aos queijos, ricos em gordura, e às
carnes, fontes de proteína, que facilitam a digestão do álcool.
Castanha, amendoim, queijo e, para extrapolar, salaminho são bem-vindos.
O sal e a gordura estimulam a secreção de substâncias estomacais que
protegem o estômago do álcool. Mas evite petiscos muito salgados, que
aumentam a sede a não ser que você opte por água.
Não beba apenas álcool
Outra
dica é colocar gelo ou água no drinque para diluí-lo ou intercalar
bebidas não-alcoólicas e alcoólicas. Trocar a água por suco ou
refrigerante também pode. Essas bebidas são ricas em carboidratos, que
ajudam a metabolizar o álcool.
Não piore a situação
Embora a
ressaca seja inevitável se você ingerir muito álcool, ela pode ser
ainda pior: destilados, como batidas, licores e uísque, geram mais
desconforto por causa da concentração e da mistura de substâncias.
Álcool e fumo formam uma dupla nefasta para o organismo. Quanto mais
nicotina, menos oxigênio no sangue e mais rápido se dá o processo de
intoxicação.
Hidrate-se
A principal causa
da ressaca é a desidratação provocada pelo álcool, um potente diurético
que estimula a perda de líquido do corpo. Vá de água antes, durante e,
principalmente, depois da bebedeira. Antes de dormir, ingira bastante
água. Essa tática ajuda seu organismo a metabolizar o álcool enquanto
você descansa. Se acordar para fazer xixi, tome mais água. Além de
hidratar seu corpo, ela ajuda a eliminar o álcool e livrar-se das
toxinas. Suco de acerola, limão e laranja também ajudam, porque bombeiam
antioxidantes protetores e vitamina C no seu corpo. Beba isotônicos,
para repor os sais minerais perdidos e abuse da água de coco, rica em
potássio.
Longe do café
Evite o famoso
cafezinho amargo, muitas vezes recomendado para diminuir a dor de
cabeça. A bebida também tem propriedades diuréticas, ou seja, desidrata
ainda mais o seu corpo.
Alimentação leve
Consuma
alimentos de fácil digestão para não estressar ainda mais o organismo,
já detonado pelo esforço de processar o álcool. "Para amenizar os
efeitos da ressaca, deve-se ter uma alimentação leve, pobre em gorduras,
rica em frutas, vegetais e líquidos", ensina Fabiana Honda. Inclua no
cardápio os carboidratos complexos, como pão e biscoito de água e sal. O
álcool aumenta a acidez e irrita a mucosa estomacal. Os alimentos secos
e salgados desaceleram a produção de ácido. Essas comidas também dão
energia para o fígado na hora de processar as toxinas e o excesso de
bebida. Deixe de lado molho branco, queijos amarelos e fritura.
Não exagere nos remédios
Embora
alguns medicamentos ajudem a minimizar os estragos produzidos pelo
álcool, como aqueles que unem analgésico (contra dor de cabeça),
antiácido (contra a queimação no estômago) e antiemético (contra
enjoos), nenhum é capaz de resolver tudo de uma só vez.
Descanse no dia seguinte
Por
onde passa, o álcool causa baderna. Dentro da cabeça ele age nos
neurônios daí a desinibição e a tonteira. Cerca de cinco horas depois da
bebedeira as células cerebrais começam a se recuperar, mas ficam
ultrassensíveis. É por isso que a luz e o barulho incomodam tanto. No
dia seguinte, os danos ainda são sentidos e é praticamente impossível se
concentrar. Repouse. Mantenha a luz apagada, cortinas fechadas e fique
deitado. Nesse momento o que o corpo mais pede é descanso.
Invista nos chás
Algumas
ervas ajudam a renovar as células hepáticas e, assim, acelerar o
processo de purificação das toxinas do álcool que estão no corpo. Chás
de salsaparrilha, erva-picão, macela e erva-cidreira são excelentes
desintoxicantes. Depois das refeições, o chá verde e o de hortelã
facilitam a digestão.
Na
primeira metade dos anos 70, surgiu uma leva de cantores e grupos
brasileiros que adotaram pseudônimos estrangeiros e passaram a gravar
músicas em inglês. Na época, a música internacional no idioma inglês
tomava conta do mercado fonográfico, muito por conta das trilhas sonoras
das novelas televisivas. O sucesso dessas primeiras trilhas
internacionais das novelas contribuiu para difundir este movimento "made
in brazil", em que cantores brasileiros passaram a gravar temas na
lingua extrangeira para que suas gravações fossem inseridas nos discos
de trilhas internacionais das novelas.
Para
isso, tiveram que adotar nomes artísticos em inglês. Fábio Júnior, por
exemplo, tinha dois alter-egos: Mark Davis e Uncle Jack. Como Mark
Davis, emplacou o sucesso "Don't Let Me Cry", como Uncle Jack, fez
sucesso com a música "My Baby".Nessa esteira, temos vários brasileiros
que embarcaram nessa onda, alguns se deram muito bem, outros, sumiram
completamente da mídia após o fim do movimento.Aqui estão músicas muito
lembradas até hoje como “Feelings” (Morris Albert), “Me and You”, “We
Said Goodbye” (ambas com Dave McLean), “Hey Girl” (Lee Jackson), “Tell
Me Once Again” (Light Reflections), “I’m Gonna Get Married” (Sunday) e
“Pidgeon without a Dove” (Patrick Dimon). Chrystian, cujo nome
verdadeiro é José Pereira da Silva, emplacou em todo o Brasil, a balada
“Don’t Say Goodbye”, em 1974. Seu irmão Ralf, sob o pseudônimo Don
Elliot, cantava covers como “One Day in Your Life” (Michael Jackson) e
“My Love for You” (Johnny Mathis). O falecido Jessé também usava dois
pseudônimos: Christie Burgh e Tony Stevens (com este alter-ego emplacou
em todo o Brasil as baladas "If You Could Remember" e "Flying High").
Michael Sullivan(nome verdadeiro,Evanilton), estourou com dois grandes
sucessos: "My Life" e "Sorrow". Depois que o movimento acabou,
participou dos Blue Caps e depois dos Fevers. No final dos anos 80, fez
muito sucesso como compositor e produtor em dupla com Paulo Massadas.
“Naquele
tempo era difícil as emissoras conseguirem os direitos de grandes nomes
internacionais, daí essa leva de artistas cantando em inglês ter sido
um achado”, diz Hélio Costa Manso, ex-integrante do grupo
Sunday.“Ficávamos no corredor da gravadora esperando informações sobre o
personagem que ganharia o tema. A música, o arranjo, tudo era composto
ali, em um ou dois dias, sob encomenda”, conta Chrystian.Os depoimentos
do Hélio Costa Manso (ele fazia parte do Sunday e também tinha carreira
solo como Steve MacLean) e Chrystian confirmam a tese de que as trilhas
sonoras das novelas foi o que impulsionou este movimento de cantores
brasileiros com pseudônimos estrangeiros a gravarem músicas em inglês.
Boa parte destes artistas eram músicos e cantores competentes. A maioria
vinha do circuito de bailes, como Os Pholhas, Sunday, Light Reflections
(ex-Os Bruxos, da Jovem Guarda) e o Lee Jackson. Outros eram
profissionais de estúdios de gravação, como os Harmony Cats.Quanto ao
idioma inglês, aí sim, pesava contra todos eles as dificuldades do
desconhecimento da lingua. "As letras eram compostas por quem não sabia
nada de inglês e corrigidas por quem tinha alguma noção", diz Hélio
Costa Manso. Os Pholhas tinham um método original de compor. Eles
tiravam os versos de suas canções de um livro dos anos 30 chamado Inglês
Como Se Fala. "A gente achava uma frase legal, copiava e depois tentava
emendar com outras do mesmo livro", confessa Oswaldo Malagutti,
ex-baixista do grupo. Para não ser desmascarados, os artistas evitavam
fazer espetáculos e se apresentar na TV, o que os prejudicava bastante
do ponto de vista financeiro. "Em 1973, eu estava estourado em todo o
Brasil com a canção Dont't Say Goodbye. Podia ter ganho um bom dinheiro,
se não fosse tão difícil encarar um show ao vivo", diz Chrystian.
Pernambucano radicado no Rio de Janeiro
Um
fato curioso ocorreu com o cantor Ivanilton de Souza Lima (O Michael
Sullivan): em 1975 ele compôs uma linda balada e a intitulou de "My
Life". Na hora de lançar o disco pelo selo Top Tape, teve de escolher um
nome internacional. Abriu a lista telefônica de Nova York e escolheu
Michael Sullivan. "My Life" entrou na trilha sonora da novela O Casarão,
mas Michael continuou a faturar como Ivanílton – ele era vocalista da
banda Renato e Seus Blue Caps. "O chato é que eu cantava My Life com o
grupo e tinha de ouvir das pessoas que a versão da novela era melhor",
diverte-se.A mania dos cantores internacionais made in Brazil começou a
decair no início dos anos 80, quando a música brasileira ganhou mais
espaço nas rádios. "As gravadoras sentiram que a longo prazo era mais
negócio investir no Martinho da Vila do que na gente", pondera André
Barbosa Filho, integrante do Light Reflections, que em 1972 vendeu 1
milhão de compactos da música Tell Me Once Again.
MORRIS ALBERT - O MAIOR DE TODOS
Muitos
deste artistas sonhavam em fazer sucesso em outros países. Apenas um
deles conseguiu: o carioca Maurício Alberto Kaiserman, aliás, Morris
Albert. "Feelings", canção que compôs e gravou em 1973, está entre as
músicas mais executadas em todos os tempos. Chegou a ganhar versões de
Frank Sinatra e Julio Iglesias. Recentemente o grupo americano
Offspring, fez uma releitura satírica do hit. A carreira de Morris
Albert declinou ainda nos anos 70. Depois de "Feelings" ele ainda
conseguiu emplacar mais dois hits nas paradas, "She's My Girl" e
"Conversation".Mas o pior estava por vir. Nos anos 80, o compositor
francês Lou Lou Gasté processou Morris Albert por plágio, alegando que
Feelings seria cópia de uma composição sua, Pour Toi. Morris perdeu a
causa e teve de entregar 3 milhões de dólares a Gasté. Nunca mais se
recuperou do baque. Hoje, ele vive em Toronto, no Canadá, onde dirige um
estúdio de gravação.
Vários
dos artistas daquela época permaneceram em evidência, com seus nomes
verdadeiros ou mantendo os pseudônimos. Michael Sullivan, por exemplo, e
até mesmo o Chrystian, que formou ao lado do seu irmão Ralf (Don
Elliot), a dupla Chrystian & Ralf. Outros retornaram aos seu nomes
verdadeiros e conseguiram alavancar a carreira ainda com mais sucesso,
como Fábio Júnior e Jessé. Mas a grande maioria destes artistas mudaram
de ramo, quando este movimento "made in Brazil" começou a decair. André
Barbosa Filho (integrante do Light Reflections, conforme citado no
início), é hoje professor de rádio e TV da Universidade de São Paulo,
USP. "A certa altura, delirando com o sucesso, chegamos a pensar que
poderíamos estourar também no exterior", relembra ele. "Naturalmente,
tudo não passou de ilusão." O sonho acabou, ou melhor, The Dream Is
Over. (RSTONE)
Fontes consultadas: - Site Teledramaturgia Brasileira
Revista Veja (Edição de 27/10/1999 - matéria de Sérgio Martins)
Arquivo pessoal de RSTONE.
MARK DAVIS (FÁBIO JÚNIOR)
TONY STEVENS (JESSÉ)
TONY STEVENS (JESSÉ)
CHRISTIE BURGH (JESSÉ)
MORRIS ALBERT
DAVE MACLEAN
MICHAEL SULLIVAN
PATRICK DIMON
DON ELLIOT (RALF, da dupla Cristian e Ralf)
CHRYSTIAN (Da dupla Cristian e Ralf)
POLHAS
MATERIAL RETIRADO DO BLOG TUNEL DO TEMPO – UMA VIAGEM MUSICAL. http://dnstudio.blogspot.com
NOSSOS GRINGOS - POSTADO POR: RSTONE
BRASILEIROS QUE CANTAVAM EM INGLÊS
Uma colaboração de RSTONE da COMUNIDADE MÚSICA CAFONA E JOVEM GUARDA